quinta-feira, 30 de julho de 2015

Pérolas 083

“Mambembe” 
Roberta Sá + Chico Buarque + Marcello Gonçalves (…que toque de violão mais gingado, meu…rsrs…que espectáculo..!!!) 


No palco, na praça, no circo, num banco de jardim
Correndo no escuro, pichado no muro
Você vai saber de mim
Mambembe, cigano
Debaixo da ponte
Cantando
Por baixo da terra
Cantando
Na boca do povo
Cantando

Mendigo, malandro, muleque, mulambo bem ou mal
Cantando
Escravo fugido, um louco varrido
Vou fazer meu festival
Mambembe, cigano
Debaixo da ponte
Cantando
Por baixo da terra
Cantando
Na boca do povo
Cantando

Poeta, palhaço, pirata, corisco, errante judeu
Cantando
Dormindo na estrada, no nada, no nada
E esse mundo é todo meu
Mambembe, cigano
Debaixo da ponte
Cantando
Por baixo da terra
Cantando
Na boca do povo
Cantando

In “Mambembe” – Roberta Sá + Chico Buarque + Marcello Gonçalves

...be different...


Pérolas 082 (dose tripla)

...especial António Zambujo...


Bem te avisei, meu amor
Que não podia dar certo
E que era coisa de evitar

Como eu, devias supor
Que, com gente ali tão perto,
Alguém fosse reparar
Mas não!
Fizeste beicinho e,
Como numa promessa,
Ficaste nua p'ra mim

Pedaço de mau caminho
Onde é que eu tinha a cabeça
Quando te disse que sim?

Embora tenhas jurado
Discreta permanecer
Já que não estávamos sós

Ouvindo na sala ao lado
Teus gemidos de prazer
Vieram saber de nós

Nem dei pelo que aconteceu
Mas mais veloz e mais esperta
Só te viram de raspão

A vergonha passei-a eu
Diante da porta aberta
Estava de calças na mão


In “Flagrante” – António Zambujo, 
ft. Bernardo Couto (guitarra portuguesa), Jon Luz (cavaquinho), José Miguel Conde (clarinete) e Ricardo Cruz (baixo)



Vem dar uma voltinha na minha lambreta
Deixa de pensar no tal Vilela
Que tem carro e barco à vela
O pai tem a mãe também
Que é tão tão
Sempre a preceito
Cá para mim no meu conceito
Se é tão tão e tem tem tem
Tem de ter algum defeito

Vem dar uma voltinha na minha lambreta
Vê só como é bonita
É vaidosa , a rodinha mais vistosa
Deixa um rasto de cometa
É baixinha mas depois
Parece feita para dois
Sem falar nos eteceteras
Que fazem de nós heróis

Eu sei que tenho estilo gingão
Volta e meia vai ao chão
Quando faz de cavalinho
Mas depois passa-lhe a dor,
Endireita o guiador
E regressa de beicinho
Para o pé do seu amor

Vem dar uma voltinha na minha lambreta
Eu juro que eu guio devagarinho
Tu só tens de estar juntinho
Por razões de segurança
E se a estrada nos levar
Noite fora até mar
Paro na beira da esperança
Com a luzinha a alumiar

E deixar de pensar no tal Vilela
Em que tem carro e barco à vela
O pai tem a mãe também
Que é tão tão
Sempre a preceito
Cá para mim no meu conceito
Se é tão tão e tem tem tem,
Tem que ter algum defeito
Se é tão tão e tem tem tem,
Tem que ter algum defeito
Se é tão tão e tem tem tem,
Tem que ter algum defeito ...

In “Lambreta” – António Zambujo



De manhã cedinho
Eu salto do ninho e vou pra  paragem
De bandolete à espera do sete
mas não pela viagem

Eu bem que não queria
mas um certo dia  vi-o passar
E o meu peito  céptico
por um pica de eléctrico voltou a sonhar

A cada repique
que soa do clique daquele alicate
Num modo frenético
o peito  céptico toca a rebate

Se o trem descarrila o povo refila e eu fico num sino
pois um mero trajecto no meu caso concreto é já o destino

Ninguém acredita no estado em que fica o meu coração
Quando o sete me apanha
Até acho que a senha me salta da mão
Pois na carreira
desta vida vão
Mais nada me dá a pica que o pica do sete me dá

Que triste fadário e que itinerário tão infeliz
Cruzar meu horário com  o de um funcionário de um trem da carris

Se eu lhe perguntasse
se tem livre passe pró peito de alguém
Vá-se lá saber talvez eu lhe oblitere o peito também

Ninguém acredita no estado em que fica o meu coração
Quando o sete me apanha
Até acho que a senha me salta da mão
Pois na carreira desta vida vão
Mais nada me dá a pica que o pica do sete me dá

Ninguém acredita no estado em que fica o meu coração
Quando o sete me apanha
Até acho que a senha me salta da mão
Pois na carreira desta vida vão
Mas nada me dá a pica que o pica do sete me dá

Mas nada me dá a pica que o pica do sete me dá

In “Pica do 7” – António Zambujo, acompanhado pela mítica Banda da Carris... ;)))

Poesia para os olhos 024

(..saudades de Bs As…) >>> http://aquimequedo.com.br/

terça-feira, 14 de julho de 2015

…48… (ref. 29-06-2015)

“Still Crazy After All These Years”, Live from Central Park, 1991 – Paul Simon

I met my old lover
On the street last night
She seemed so glad to see me
I just smiled
And we talked about some old times
And we drank ourselves some beers
Still crazy after all these years
Still crazy after all these years

I'm not the kind of man
Who tends to socialize
I seem to lean on 
Old familiar ways
And I ain't no fool for love songs
That whisper in my ears
Still crazy after all these years
Still crazy after all these years

Four in the morning
Crapped out
Yawning
Longing my life away
I'll never worry
Why should I?
It's all gonna fade

Now I sit by my window
And I watch the cars
I fear I'll do some damage
One fine day
But I would not be convicted
By a jury of my peers

Still crazy after all these years
Still crazy…
Still crazy…
Still crazy after all these years