Depois de uma noite muito “regada”, dois amigos seguem
ébrios pela Avenida da Liberdade acima. Apoiados um no outro, vão
ziguezagueando pela calçada, em direcção a casa. O caminho revela-se complicado
e lento, devido à bebedeira de ambos, de tal modo que demoram mais de meia-hora a
chegar ao Marquês de Pombal. Aí chegados, um deles, arfando como uma gaita-de-foles,
volta-se para o companheiro de jornada, mal se equilibrando nas pernas:
- eh, pá… tou farto de andar – diz, entre soluços – chama-me
um táxi…
O outro olha-o com ar sério, semi-cerrando os olhos e
abrindo-os muito de seguida para enfatizar a sua convicção. Pousa-lhe a mão no
ombro e diz:
- tá bem, então…”és um táxi”…
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