Quando Deus
pôs o mundo
E o céu a
girar
Bem lá no
fundo
Sabia que por
aquele andar
Eu te havia
de encontrar
Minha mãe, no
segundo
Em que
aceitou dançar
Foi na
cantiga
Dos astros a
conspirar
Que do seu
cósmico vagar
Mandaram o
teu pai
Sorrir pra
tua mãe
Para que tu
Existisses
também
Era um dia
bonito
E na altura,
eu também
O infinito
Ainda se
lembrava bem
Do seu
cósmico refém
Eu que
pensava
Que ia só comprar
pão
Tu que
pensavas
Que ias só
passear o cão
A salvo da
conspiração
Cruzámos
caminhos,
Tropeçámos
num olhar
E o pão nesse
dia
Ficou por
comprar
Ensarilharam-se
As trelas dos
cães,
Os astros, os
signos,
Os desígnios
e as constelações
As estrelas,
os trilhos
E as tralhas
dos dois
In “Balada Astral” – Miguel Araújo & Inês Viterbo
Sem comentários:
Enviar um comentário