…os bombeiros estão na frente do
combate e, infelizmente, no fundo da “cadeia de comando” do ataque aos fogos…
…bombeiros de espírito
voluntarioso e toneladas de coragem (…acreditem que sim, porque já me vi no
meio de um incêndio florestal e faço ideia do que seja…) que enfrentam as
chamas, sujeitos a ser (mal) dirigidos por incompetentes da nossa Autoridade
Nacional de “Protecção” (…protegem afinal quem e o quê…?) Civil, mentecaptos
tornados doutores por equivalências atribuídas à pressão e por amiguismos cúmplices
(…tipo Miguel Relvas, all over again e à pazada, portanto…)
…bombeiros muitas vezes incompreendidos
pelas populações (mesmo que isso até seja atendível devido ao desespero que
perder tudo ou mesmo a vida) que não entendem que eles não têm o dom da
ubiquidade e que, muitas vezes mesmo discordando, têm que seguir ordem que lhes
são dadas…
…bombeiros que deixam as suas
famílias com o coração nas mãos, quando abnegadamente vão socorrer as famílias dos
outros, dias a fio, sem pregar olho, sem o descanso que necessitam ter, tantas
vezes com a impotência contida de não poder fazer muito mais, do que o tanto
que já fizeram…
…bombeiros que lutam com falta de
meios (quanto custa a todos nós a compra e manutenção de um carro de um ministro,
em comparação com a mesma compra e manutenção de um veículo de combate a
incêndios de uma qualquer corporação de bombeiros do nosso país?) e são mais apoiados
pelo cidadão anónimo que lhes dá água, leite, alimentos do que quem lhes deveria
fornecer tal durante as suas pausas para descanso e alimentação (…ementas à
base de massa de cotovelos com atum ou salsinha rançosa com esparguete, embora
o Secretário de Estado da Administração Interna, um tal Jorge Gomes, diga que “estive em diversos teatros de operações e
comi belíssimas refeições”…não boas, nem óptimas, mas “belíssimas”, note-se, disse esta alimária…de certeza que terá
comido faisão e os desgraçados morfaram sandes de pão com pão…)
…por estes dias, deparei na net
com uma imagem de um papel manuscrito por um qualquer anónimo que escreveu em
simples sabedoria popular: “necessitam-se
políticos voluntários que façam pela nação o que os bombeiros fazem pela
população”.
…em face de tudo isto e mais
ainda, dizer muito obrigado aos soldados da paz portugueses, acaba por ser
escasso, muito escasso mesmo…
…ainda assim (e quase com a
certeza, infelizmente, que para o ano findo o Verão e em negro balanço, vou
dizê-lo de novo), muito, muito, muito obrigado, bombeiros de Portugal…
A.M.A. - "Anjo Da Paz"