sábado, 30 de setembro de 2017

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…os bombeiros estão na frente do combate e, infelizmente, no fundo da “cadeia de comando” do ataque aos fogos…
…bombeiros de espírito voluntarioso e toneladas de coragem (…acreditem que sim, porque já me vi no meio de um incêndio florestal e faço ideia do que seja…) que enfrentam as chamas, sujeitos a ser (mal) dirigidos por incompetentes da nossa Autoridade Nacional de “Protecção” (…protegem afinal quem e o quê…?) Civil, mentecaptos tornados doutores por equivalências atribuídas à pressão e por amiguismos cúmplices (…tipo Miguel Relvas, all over again e à pazada, portanto…)
…bombeiros muitas vezes incompreendidos pelas populações (mesmo que isso até seja atendível devido ao desespero que perder tudo ou mesmo a vida) que não entendem que eles não têm o dom da ubiquidade e que, muitas vezes mesmo discordando, têm que seguir ordem que lhes são dadas…
…bombeiros que deixam as suas famílias com o coração nas mãos, quando abnegadamente vão socorrer as famílias dos outros, dias a fio, sem pregar olho, sem o descanso que necessitam ter, tantas vezes com a impotência contida de não poder fazer muito mais, do que o tanto que já fizeram…
…bombeiros que lutam com falta de meios (quanto custa a todos nós a compra e manutenção de um carro de um ministro, em comparação com a mesma compra e manutenção de um veículo de combate a incêndios de uma qualquer corporação de bombeiros do nosso país?) e são mais apoiados pelo cidadão anónimo que lhes dá água, leite, alimentos do que quem lhes deveria fornecer tal durante as suas pausas para descanso e alimentação (…ementas à base de massa de cotovelos com atum ou salsinha rançosa com esparguete, embora o Secretário de Estado da Administração Interna, um tal Jorge Gomes, diga que “estive em diversos teatros de operações e comi belíssimas refeições”…não boas, nem óptimas, mas “belíssimas”, note-se, disse esta alimária…de certeza que terá comido faisão e os desgraçados morfaram sandes de pão com pão…)
…por estes dias, deparei na net com uma imagem de um papel manuscrito por um qualquer anónimo que escreveu em simples sabedoria popular: “necessitam-se políticos voluntários que façam pela nação o que os bombeiros fazem pela população”.
…em face de tudo isto e mais ainda, dizer muito obrigado aos soldados da paz portugueses, acaba por ser escasso, muito escasso mesmo…

…ainda assim (e quase com a certeza, infelizmente, que para o ano findo o Verão e em negro balanço, vou dizê-lo de novo), muito, muito, muito obrigado, bombeiros de Portugal…

A.M.A. - "Anjo Da Paz"













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